Por Pachá
Considerado um dos precursores do estilo noir nos cinema e um dos melhores do estilo. Double Indemnity tem narrativa bem encadeada, realçando com esmero equilíbrio, ação e conflitos de Neff o corretor de seguro, vivido por Fred Murray e a femme fatale Phyllis na elegância de Barbara Stanwyck.
Quem assina o roteiro é ninguém menos que Raymond Chandler que junto com Dashiel Hammet criou o gênero noir nos livros que Hollywood espertamente soube aproveitar por quase duas décadas.
Neff um perspicaz, astuto corretor de seguros da empresa Pacific All risk, bola um mirabolante plano para ficar com a dama e a grana, mas para isso ele precisa pensar como Keyes seu superior, e um farejador de fraudes, seu homenzinho na barriga sempre lhe diz quando algo não está correto. E a frase do filme, que é repleto de diálogos cortantes como navalha, é "eles embarcaram em um trem no qual não é possível, descer sozinhos, devem ir até o final". E por fim prevalece o puritanismo de uma América onde o crime não compensa.
Phyllis é a Propriá encarnação da malévola ambição. De posse das ferramentas; paciência, silencio e sedução, ela convence Neff a embarcar em seu trem, mas ela tem planos próprios e certamente Neff não está neles.
Phyllis é a Propriá encarnação da malévola ambição. De posse das ferramentas; paciência, silencio e sedução, ela convence Neff a embarcar em seu trem, mas ela tem planos próprios e certamente Neff não está neles.
A técnica de Wilder é apurada, mesmo para os recursos da época. Ele cria uma atmosfera de cumplicidade entre espectador e personagem. A condução de Double Indemnity, seu quarto filme, é repleto de tensão e revés. Certamente inspirou outro filme do gênero, Strange on the Train 1951 (Pacto Sinistro) de Hitchcock.
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