Fasbinder morreu com 36 anos, mas foi um diretor hiperativo, dirigiu até sua morte um filme por ano. Chinesisches Roulette é seu único filme que aborda tema infantil. Angela (Andrea Schober) uma adolescente com deficiência física, nutre ressentimentos pelos seus pais pouco afetivos. Ariene (Margit Carstesen) sua mãe é uma mulher frívola que para fugir do tédio de ser mãe e esposa tem solido relacionamento com Kolbe (Ulli Lommel). Seu marido Gerhard (Alexander Allerson) igualmente entediado pela distanciamento de sua esposa, e ao mesmo tempo coagido pela filha deficiente, tem relacionamento com a bela e exótica Anna (Irene Cartis).
A trama ganha ares gótico quando, arquitetado pela filha, encontro entre os pais e seus respectivos amantes em castelo no interior da Alemanha. Nesse ponto reside importante transformação do personagem de Angela e sua baba Traunitz (Macha Méril) mostra toda sua psique dominadora sobre os adultos dos castelo. Ao mesmo tempo que acua seus pais, Angela parece ser elo de coesão entre o casal, que se mantém juntos com vidas paralelas, embora roteiro deixe claro que Gerhard nutre paixão por Ariene e sua vida com amantes parece mais contra ataque ao comportamento de Ariene.
No castelo após surpresa pela armadilha no qual a filha empurrou todos. Angela propõe, ou melhor, impõe como pequena ditadora, jogo de verdade e mentiras chamado roleta chinesa. Nesse jogo reside muito mais que passa tempo, pois para os pais de Angela fica claro que essa é mais uma maneira de Angela os torturarem. E é desse momento que Fasbinder extraia grande substrato dos relacionamentos humanos e suas convenções sociais. Apoiado em planos curtos e fechados, a fotografia de roleta chinesa cria interessante ambigüidade entre desastre e reconciliação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário