domingo, 28 de dezembro de 2014

Broncho



Por Pachá
Banda americana de Oklahoma que faz um pós punk contagiante. O quarteto tem nas influências, The Replecement, Jesus and Mary chain, Sugar. E é possível encontrar Billy Idol e outras tantas bandas dos anos oitentas e noventas. O som é urgente porém cuidadoso com acordes e musicas de no máximo 3min. O primeiro trabalho da banda, Can't get past the lips é um som mais de garagem de produção própria o que ajudou a banda formar fans pelos estados onde se apresenta. No segundo trabalho, Just enoughh hip to be a woman de 2014 a banda caiu no gosto da galera indie-alternative, ainda mais pelo fato de ter uma música, It's on no seriado Girls, que foi onde, zapeado controle da TV que me deparei com o som logo desvendado com soundhound. Esse segundo dsico com produção mais trabalhada é possível conferir a maturidade da banda, com arranjos mais melódicos sem se descuidar da pegada punk rock bem ao estilo Husker Du, Ramones nos dando a grata surpresa de escutar o disco da primeira a ultima faixa.





Formação
Ryan Lindsey, 
Nathan Price, 
Ben King, 
Johnathon Ford 

DISCOGRAFIA
Can’t Get Past The Lips [2011]


Just enoughh hip to be a woman [2014]
1. What
2. Class Historian
3. Deena
4. Stay Loose
5. NC-17
6. I'm Gonna Find Out Where He's At
7. Stop Tricking
8. Taj Mahal
9. It's On
10. Kurt
11. China

No site da Audiotree tem uma session e entrevista com os caras que também são simpáticos. E uma musica que não consta nos dois álbuns da banda.

http://audiotree.tv/session/broncho/

1    It's On
2    What
3    Try Me Out Sometimes
4    I Don't Really Want To Be Social
5    Record Store
6    I Wanna Put It Where Kurt Put It
7    Bad Impressions
8    Losers
9    Get Off My Reservations
10  Can't Get Past The Lips
11   Psychiatrist


quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Heat



Por Pachá

Quando vasculhamos a filmografia de Michael Mann fica claro que a praia do sujeito são os filmes de policia e bandido. Para alguns cinéfilos como eu, o nome Michael Mann será sempre associado ao seriado Miami Vice (1984-1990) no qual era produtor e que mais tarde, em 2006 veio a dirigir o longa de mesmo título, estrelado por Collin Farrell e Jamie Foxx. O longa, em minha percepção, não conseguiu reproduzir atmosfera do seriado, e os atores embora bons, não tinham mesma carisma para viver James Crokett e Ricardo Tubbs, respectivamente Don Johnson e Phillip Michael Thomas.

Em 1995 Michael Mann leva as telas heat, escrito e dirigido por ele mesmo. Em minha opinião um dos melhores filmes de policia e bandido. Cuidadosamente o roteiro preza pela relação de poder entre um tenente da homicídios de Los Angels, Al Pacino e um meticuloso líder de uma gangue, De Niro, especializada em roubos bem planejados. A primeira cena do filme em que a gangue rouba um carro forte que transporta títulos ao portador, da a tônica da ação. Não há perseguições de carros nem explosões cinematográfica. O drama condutor da história esta centrada nas relações de gangue, integrantes, policia e dramas pessoais, principalmente do tenente Vincent Hanna (Al Pacino) que como bem define, está em um relacionamento, o terceiro casamento, morro abaixo e Neil McCauley (Robert De Niro) um solitário que vive sob a regra de não se apegar a nada que não possa se livrar em 30s. No confronto entre os dois personagens podemos verificar a grandeza dos dois atores. Al Pacino na pele de sagaz investigador de homicídios, em minha percepção, não convence, muito embora tenha atuação correta. O mesmo não se pode dizer de De Niro este sim não só convence como cria um intenso sentimento de carisma que nos faz torcer pelos bandidos. Há interessante cena na qual os dois personagens, cônscios de suas condições travam dialogo olho no olho. E após assistir a esse filme pelo menos cinco vezes, me dei conta da sutil diferença desses dois grandes atores, principalmente nessa sequência. De Niro seguro de sua interpretação, conduz com veracidade seu personagem, o mesmo não acontece com Al Pacino e seu personagem.


Porém não só nas atuações de Pacino e De Niro fazem de heat, no Brasil com título de Fogo contra Fogo, um grande filme de assaltos, as cenas de ação, e não são muitas, são bem trabalhadas e uma vale todo o filme, e também é o ápice da trama. A troca de tiros entre a gangue ao fugir de assalto a banco é de tirar o fôlego. Nesta cena fica patente a intimidade e domínio de Mann para dirigir cenas de ação. E como curiosidade, esta sequência foi utilizada pela MRCD de San Diego (
United States Marine recruits at MCRD San Diego) como exemplo para treinamento de recrutas se comportar sob fogo inimigo e amigo. 

O roteiro escrito por Mann foi fruto de investigação e contribuição dos arquivos da policia de Chicago, o confronto entre Neil e Hanna é baseado em fatos reais entre o investigador Chuck Adamson e o verdadeiro Neil McCauley. Adamson ajudou também na composição do personagem de profissão ladrão (Thief) de 1981 estrelado por James Cann. O personagem Waingro (Kevin Cage) também é baseado na vida de um criminoso real de mesmo nome Waingro. 


Heat foi a volta magistral de Mann ao gênero policial, dado que ele vinha de séries de TV e do filme, O ultimo dos moicanos 1992, que estavam fora da temática que o consagrou, policia e bandido. 

Mas com toda a produção, pesquisa e cenas de ação os filmes de Mann pecam por certa pieguice, o crime não compensa, e o bandido ao final morre, conferindo aos seus longas um fim previsível. Outro fato que tira veracidade interna é a falta de sangue, mesmo nas cenas em que fica notório o uso e abuso do mesmo, prevalece pudor. Em uma cena beira ao incomodo, em que Trejo personagem de Danny Trejo é encontrado por Neil. Trejo esta em um cômodo, com pouca luz, imóvel fruto de uma sessão de tortura  e quando câmera foca em seu rosto, apenas um filete de sangue escorre de nariz e boca. Não condizente com diálogo da sequência, pedido de Trejo de que o mate, pois não ira sobreviver.

Embora os dois protagonistas dominem as cenas, as atuações dos demais atores ajudam não só como interlocutor dos personagens principais e seus dramas, como suporte para desenrolar da trama. Kevin Cage como Waingro encabeça essa lista, Val Kilmer que na ocasião estava as voltas com as filmagens de Batman, e embora seja um grande nome do elenco não faz jus, pois suas falas são mínimas e atuação parece no automático, talvez pelo fato do nome primeiro para o papel tenha sido Kenu River que vinha do sucesso Point Break (Caçadores de Emoção 1991) e optou por interpretar Hamlet no teatro a heat. Natalie Portman como enteada de Hanna também é exemplo de preocupação com o elenco coadjuvante, Natalie também vinha de ótima atuação em Léon (O profissional de 1994). Jon Voight como agenciador da gangue Nate também dá grandeza a trama, o que vai conferir ao conjunto da obra o ótimo filme que é.

Em 2015 esta previsto lançamento de blackhat (hacker) estrelado por Chris Hemsworth e de acordo com a storyline parece estar dentro do gênero policia e bandido.




domingo, 21 de dezembro de 2014

O Apóstolo



Por Pachá
Indicado para o prêmio Goya de 2013, a animação em stopmotion de Cortizo tem enredo sombrio e misterioso. Ramon foge da cadeia para encontrar os ganhos de seu ultimo roubo, jóias que segundo seu amigo de cela, foram escondidas em uma antiga aldeia galega no caminho de Santiago. 

Disfarçado como peregrino, Ramon chega a a misteriosa aldeia, onde todos parecem guardar terrível segredo, mas Ramon esta determinado a encontrar as jóias e ter uma vida tranquila, em uma fazenda criando alguns animais. 

O longa espanhol tem o mérito de não entregar o misterioso segredo da aldeia facilmente, na verdade o roteiro bem construído nos leva tentar imaginar várias situações, e por fim descobrimos que toda história é montada para esconder o segredo da aldeia, o que torna o longa por demais inteligente, retendo atenção do espectador a cada frame.




sábado, 13 de dezembro de 2014

Relatos Selvagens


Por Pachá
Todos os avanços da sociedade rumo ao compartilhamento de um mundo melhor cai por terra quando se constata a capacidade do ser humano externar sentimentos insidiosos contra o semelhante. O diretor Damián Szifron se apoia de forma extraordinária no que vemos e presenciamos todos os dias, seja em relatos de jornais e telejornais mundo a fora, ou em nosso cotidiano, de violência gratuita, intolerâncias e falta de diplomacia e trato das banalidades do dia-a-dia. Szifron aplica visão pouco otimista do futuro da sociedade, diante do fato de que a barbárie não esta restrita aos países subdesenvolvidos ou classes desabonadas, também não deixa de conter em sua narrativa senso de humor e dose de realismo fantástico.

As seis histórias que compõe o longa, e tem em comum apenas os atos vis que o ser humano é capaz de lançar contra o próximo, é um pequeno, porém contundente retrato de como avançamos a passos lentos nas relações interpessoal, de como o comportamento alheio dita o nosso. 

Escritas e dirigidas por Szifron as seis historias são bem elaboradas, com diálogos rasteiros e muitas vezes insuflados de ódio, como a historia da cozinheira que tomou gosto por matar e aplaca o lado ético de sua consciência se convencendo de que homens maus devem mesmo morrer. E ai, a vingança é o mote daqueles que acreditam que a dignidade não pode ser humilhada impunemente. A fotografia de  Javier Julia consegue de formar sutil separar as historias. Para a curta historia de abertura, a luz fria do único cenário, uma cabine de avião, dá o tom de surpresa dos passageiros ao descobrir-se vitimas de um plano de vingança. O tragédia a partir de uma banalidade, uma discussão de transito, tem tom mais quente árido de road movie de grandes paisagens. Embora, no conjunto ficamos com impressão de esta assistindo a historia de além da imaginação dos anos 80, o longa agrada pelo diálogo atual.

Na parte do elenco alguns nomes são conhecidos, como Dário Grandinetti de Fale com ela de Almodóvar, Leonardo Sbagralia do muito bom filme Intacto de 2001. E claro Ricardo Darin que também assina a produção das seis histórias.

E para quem, assim como eu, nada conhecia do cinema de Szifron ele esta com o longa Los Simuladores em produção com previsão de estreia em 2015.





quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

The Strypes


Por Pachá
Banda com rock n roll puro e direto eletrificado com blues. O som lembram as bandas do final da década de 60, Rolling Stones é logo o que vem ao ouvido, mas ao imergir no som logo é possível captar influencias dos medalhões do blues. E não julgue os carinhas pela foto acima, o som é de gente grande. A foto abaixo dar certa dureza no visual dos garotos. Eles são irlandeses e formaram a banda em 2011 e já tem um trabalho circulando, Snapshot. É aguardar é verificar do que os jovens são capazes, ou vão sofrer peso do primeiro disco. E não confunda The Strypes com Stryper banda hair metal dos anos 80.

Formação
Ross Farrelly (vocais e gaita), 
Josh McClorey (guitarra e vocais), 
Pete O’ Hanlon (baixo e gaita) e 
Evan Walsh (bateria). 



terça-feira, 9 de dezembro de 2014

William-Adolphe


Por Pachá
Pintor Francês do séc. XiX com eximio domínio de técnica e forma. Particularmente me agrada seu olhar naturalista para os temas mitológicos. 

Festa ao deus baco...

As ninfas...

Anjos em ação...

Interpretação inferno de Dante. Virgilio e Dante conversam enquanto homem devora outro homem. O homem é o lobo do homem... Atual desde séc. XIX!








segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Puddle Mudd

Por Pachá
Na febre passageira, mas não efémera, do movimento Grunge muitas bandas passaram ao largo dos sucessos estrondosos como, Nirvana, SoundGardem, Pearl Jam, Alice Chains, Silver Chair só para citar alguns nomes. Bandas que até mesmo antes da cena musical de Seattle ganhar o rótulo de grunge já carregava em sua sonoridade o estilo que mais tarde ficou consagrado pelo som pesado, vocais arranhados, letras sobre desgaste social. Como exemplo podemos citar Mudhoney e outras que vieram na onda, mas nem por isso sem identidade, como é o caso de Puddle of Mudd banda de Kansas City formada no inicio dos anos 90, mas só veio a gravar seu primeiro album de estúdio em 2001. Note que nesse período não só as bandas ansiavam como a industria fonográfica queria um novo Nirvana. dai a sonoridade bem próxima do Nirvana principalmente nos vocais. Puddle of Mudd mescla ainda que de forma, as vezes piegas, peso, distorção e melodia dando ao som da banda sonoridade característica da época, que depois ficou pasteurizado pelas centenas que vieram na onda pós grunge.

Apadrinhados pelo vocalista do Limp Bizkit, o Puddle of Mudd lança Come Clean que deu  projeção para além da cena de Kansas City onde a banda já era bastante conhecida. Três faixas desse álbum logo viraram Hits. “Control”, “Blurry” e “She Hates Me” . Os caras estão na ativa.




Discografia

1994 - Stuck
1997 - Abrasive
2001 - Come Clean
2003 - Life on Display
2007 - Famous
2009-Songs in the key of Love and Hate



Site oficial: http://www.puddleofmudd.com/

MySpace: http://www.myspace.com/puddleofmudd





domingo, 7 de dezembro de 2014

Atrás da Porta


Por Pachá
Filme Húngaro dirigido Por István Szabó vencedor do Oscar de filme estrangeiro em 1981 com o filme Mephisto. A filmografia de Szabó mais prolífica data das décadas de 60 e 70, período em que o leste europeu estava mergulhado no comunismo e ditaduras, Inclusive seu nome figurou na lista dos agentes húngaros como delator de colegas, mas Szabó explicou que seus depoimentos ajudou a salvar vidas de amigos e colegas. 

A temática dos filmes de Szabó é impregnada das consequências da guerra e regimes autoritários que inflige a sociedade pesados sofrimentos em prol de um ideal que não é compartilhado por todos. Atrás da porta trata de como uma mulher Emerenc (Hellen Mirren) se torna um ser humano irascível por conta do trauma de infância e sobrevivência durante a segunda guerra mundial. Já idosa Emerenc conhece Magda (Martina Gedeck) uma escritora em ascensão que a principio vê em Emerenc um curioso caso a ser explorado como um possível personagem de seus livros, mas aos poucos surge entre as duas uma relação de amizade pouco convencional.

A duplas de atrizes Gedeck e Mirren é sem dúvida o ponto forte do filme, que sem exageros esbanjam talento, carisma com atuações fortes com diálogos ao estilo de Nicholas Ray, rápidos e inteligentes fazendo valer a máxima do cinema, que é o entretenimento e reflexão. 

Assim como Bergman tinha olhar atento para a condição humana e as instituições, Szabó trilha o mesmo olhar em atrás da porta, ao esmiuçar essas estruturas interpessoal com tamanha realidade sem perder o fio ficcional da narrativa proporcionando ao espectador percepção agradável do cinema Húngaro no sentido de narrativas interessantes e roteiros inteligentes, ainda que muito alicerçado no teatro.


Abaixo há entrevista, com o diretor que esclarece muito do seu cinema. Esta entrevista rodava antes de cada sessão na mostra do diretor no Centro Cultural da Caixa que aconteceu em jul/14.


Video-entrevista da curadora com István Szabó, 4'




Trailer Atrás da porta de 2002



Go Straight to hell Patricinha!


Por Pachá


 GO straight to hell patricinha!©
 

Seu universo opaco e vazio, se resume a desejos fúteis.

Seus dias, preenchidos com trivialidades,

As noites, o ápice da procura pelo sentido de sua existência.

Mas claro, que ela não sabe disso...

-       Tipo assim sabe, não estou intendendo nada, meio bizarro esse lance né!?.

Mas o mundo não te esquece,

E aquele endereço da vidente mãe de santo era tão convincente.

-       Olhe minha filha, você tem um serviço trancando seu caminho.

-       Sinistro, o que eu faço?!

-       Para abrir os seus caminhos você precisa fazer...



Meia noite, bode preto, cachaça e farofa tudo na encruzilhada,

Tudo fino, tudo lindo

E as portas se abriram ahahahaha, e o Tranca Rua veio logo dizendo,

-       Quem me chama, quem me quer...

-       Sou eu seu Tranca Rua

-       mais que isso...minha lorinha, que cheiro bom é esse?!

-       É Dolce & Gabanna...

-       Tô mesmo precisando duma madame assim..Uuhahahaha



GO straight to hell patricinha!

GO straight to hell patricinha!



Que nunca ouviu falar de Rimbaud,

Passou uma temporada no inferno.

Cabeleireiro não tinha não, shopping só do lixão das almas sebosas,

Citycol, xepa e braçada é tudo de bom na hell’s fashion.

E sua fútil criatividade contaminou terrero,

Elevou pecado da vaidade a preço de almas.

Não tardou, cheiro de enxofre se perdia em alfazema suíça.

A confusão enfureceu o tranca rua,

Mas os ignorantes são felizes, não sentem dor.

E agora, mas com mil demônios...

E o terrero virou grande passarela.

E dos 7 pecados 1 restou, a gula, porque obesidade nem o diabo gosta,

Na ordem subvertida nos desejos da patricinha from hell,

E sua estética do fútil e bitolado tipo assim sabe...



GO straight to hell patricinha!




segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Armas, germes e aço

Por Pachá

A tese do autor parte de uma pergunta simples, porém inquietante dado complexidade da resposta. Um amigo da Nova Guiné faz a seguinte pergunta, não necessariamente com as palavras a seguir; Porque os brancos produzem tantos produtos (cargos) e nós, (Nova Guiné) produzimos tão pouco cargo? Diamond esta ciente da falta de argumentos síntese na resposta, e mais ainda por saber que tal síntese é impossível quando nos debruçamos na trajetória evolutiva do ser humano até dias vindouros; Como alguns países se desenvolveram mais que outros? Como é possível que algumas regiões do planeta ainda vivam como seus antepassados, com técnicas primitivas de cultivar a terra e de se organizar em sociedade? Como regiões que notadamente apresentavam condições de desenvolvimento; China, Crescente Fértil, África não despontaram como potencias, já que detinham meios para desbravar oceanos e empreender exploração tal qual os Europeus fizeram?

Diamond sustenta que há 11 000 a.c todos os habitantes do planeta estavam em pé de igualdade, ou seja, eram caçadores-coletores e nômades. E a partir do momento em que o homem se finca a terra, no processo de sedentariedade, é que alguns fatores vão ser determinantes, segundo Diamond, no desenvolvimento de um povo em relação a outro  uma vez que adquirido dianteira no domínio das armas, germes e aço esse povo vai avançar como sociedade, subjugando, aniquilando ou anexando outros povos. E partindo da premissa de que o desenvolvimento bélico envolve cérebros desenvolvido e para desenvolver intelecto é preciso boa alimentação, e para esta, condições geográficas no mínimo favoráveis, fauna e flora domesticada, sistema de organização social que permita acumulação de alimentos num ciclo virtuoso até culminar no desenvolvimento de escrita que permita anseios de invenções para domar a natureza a favor do homem, que lhe dê superioridade tecnológica que possa garantir aumento populacional sustentável, e neste ultimo entra imunidades a germes provenientes da domesticações de animais e plantas que num primeiro estagio, de forma inconscientes, será responsável por dizimar e também adaptar e num segundo como arma de dominação, como foi o caso da colonização do oeste americano quando o exército “ doava” para os índios cobertores usados por pacientes vitimas da varíola. Ou mesmo na chegada dos espanhóis ao mundo novo, no qual autor defende que os germes foram muito mais letal que aço e pólvora, o cavalo dado a inferioridade numérica dos espanhóis frente aos Incas, no caso de Francisco Pizarro e Astecas para Hernan Cortés.

A estrutura analítica de Diamond lembra em muito a obra máxima de Braudel, O mediterrâneo e o mar mediterrâneo no tempo de Felipe II, onde há uma intenção de Historia total (umas das criticas a obra de Braudel por não ter alcançado tal feito) começando com a Historia quase estática, geo-história que é o homem e sua relação com meio ambiente, domesticação de plantes e animais.

Como do passado podemos mudar apenas nossa interpretação dele. Diamond defende com convicção a “domesticação” dos germes, ou seja, aqueles que logo adquiriram imunidades contra; varíola, gripe, peste bubônica e seus derivados o que lhes conferiram importante, e até decisiva, vantagem no confronto com outros povos. Mas também não deixa de frisar que organização política, domínio da metalurgia do ferro proporcionou a esses povos vantagens na exploração de outros povos; os bantos que exterminaram e/ou escravizaram os coissãs, os europeus que dizimaram os bantos só para citar exemplos.
O autor não se exime de analises carentes de comprovação, dado que a Historia é uma ciência ideográfica, bem como esta cônscio do ambicioso trabalho de resumir 13 mil anos de Historia das civilizações em uma livro de pouco mais de 400 páginas. Seu contraponto diante da impossibilidade de comprovar algo não recorrente, esta no estudo dos habitantes da Nova Guiné, Austrália, Nova Zelândia cujos povos no séc. XIX e inicio do XX ainda viviam da terra utilizando instrumentos de ossos e pedra.