segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Neuromancer



Por Pachá
Escrito em 1984 Neuromancer é o primeiro romance de Gibson e também o mais importante, digo, o que lhe rendeu fama. Ele juntamente com Bruce Sterling e John Shirley cunharam o termo cyberpunk.

O livro é narrado em terceira pessoa e tem como protagonista Case um hacker "Cowboy do Espaço" que se infiltra na matrix plugado a consoles de conexão com próprio cérebro para roubar ou contrabandear informações. A matrix idealizado pelos irmãos Wachowski vem do universo de Neuromancer, alias muita coisa do filme foi tirado do livro. eXistenZ de Cronenberg também bebeu na fonte de Gibson

A narrativa é repleta de personagens, detalhes biomecânicos, enxertos, plásticas e termos do mundo da informática que por vezes torna a leitura confusa, mas também aguça curiosidade, mesmo para quem se debruça sobre o livro nos dias vindouros.

A trama proposta é repleta de pontos de viradas assim como bom romance policial noir, o que explica atmosfera retrô e os detalhes, mas que por outro lado também torna  a leitura um tanto sofrida dado a dificuldade de imersão futurista. Ao lado de Case está Molly com implantes ciborgue sexy com melhorias biomecânica de defesa e ataque, mais humana que máquina.

O ponto curioso do livro é que em nenhum momento se vê os hackers ou mesmos os mafiosos usando telefones celulares. Gibson não acreditava, ou não previu que os smartfones iriam dominar os humanos. Em entrevista ele declarou que só veio a saber o que era um vírus de computador após escrever o romance, e que não faz a menor ideia do que se passa ou como funciona o interior de um computador.

Moldar um futuro imaginável é o grande trunfo de Neuromancer que prega um mundo imerso no exagero da tecnologia, e das grandes corporações que dominam tanto no âmbito econômico quanto na modelagem do próprio futuro.

Neuromance é parte da trilogia "Sprawl" de Gibson que tem; Count Zero e Monalisa Overdrive. Neste ultimo aparece a personagem Molly uma sexy oriental e tunada para matar.

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