terça-feira, 11 de outubro de 2016

O Grande Roubo do Trem 1979


Por Pachá
Michael Crichton é daqueles raros casos em que filmou o próprio livro. Seu filme de maior notoriedade é baseado em seu livro homônimo, The (first) Great Train Robbery.

Este não foi o primeiro filme sobre o tema, mas de acordo com marketing, foi o maior e mais espetacular. O primeiro filme sobre assalto a trem data de 1903 e foi dirigido por Edwin S. Porter.

A trama de Crichton se passa no século XIX quando Inglaterra e França faziam coligação na guerra Crimeia contra o ímpeto expansionista do império russo. Conflito se estendeu entre os anos de 1853 a 1856.

O trem representava a modernidade, a civilização e assalta-lo seria uma afronta aos valores da civilização moderna. Os diálogos entre os comerciantes e empresários que lucravam com a guerra, deixa claro essa ideia.

A trama carrega certa dose de humor que me incomoda nesse tipo de filme, mas o plano mirabolante bolado pelo astuto golpista Pierce (Sean Connery) confere ao filme dinâmica e suspense que compensa essa falha, em minha percepção. E juntamente com reconstrução da Inglaterra vitoriana por si só já vale esforço para assisti-lo. A fotografia também tem seu encanto, até porque quem assina é ninguém menos que Geoffrey Unsworth (1914-1978), o mesmo que assinou a fotografia de 2001 uma odisseia no espaço, e os dois primeiros super-homem. Ele faleceu no ano de lançamento do filme.
As atuações são corretas. Sean Connery já havia se tornado a própria personificação de James Bond, alias sua atuação em O grande Roubo de Trem está muito parecida com Bond; aventureiro, cavalheiro e cínico. Donald Sutherland vinha do grande sucesso do remaker de invasão de corpos, mas aqui ele tem papel canastrão, um vigarista de segundo escalão. Leslie Anne-Down embora estreante em produções de porte, da conta do recado. Suas participações, em grande parte, tem sempre conotações sexuais.





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