Mostrando postagens com marcador pixies. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pixies. Mostrar todas as postagens

sábado, 5 de outubro de 2019

Pixies - Beneath The Eyrie

Por Pachá

Banda ícone dos anos 80, Pixies, grava seu sétimo album de estúdio. Beneath The Eyrie lançado em uma sexta feira, 13/09/2019. As 12 faixas do novo album tem pegada pop com tons sombrios, melancólicos. 

A 1a faixa In the arms Mrs. Mark of Chain começa uma bateria bem marcada, pulsante com baixo discreto, e Joe com um riff sugerindo que algo mais pesado a caminho, mas é quebrado por um piano ou sintetizador com pegada pop, e logo entra o vocal de Francis, calmo, resignado até, e a letra fala mais ou menos sobre isso...I am not  proud, but I know that I am sane... boa faixa, marquei 3 estrelas no player. A 2a faixa, escrita pela baixista Paz Lenchantin, On Graveyard Hill tem frescor, letra pueril, lembra séries da netflix sobre bruxas. A bateria sempre flat de Lovering tem puxadas rápidas acompanhada pelo baixo de Paz, mas assim assim como a guitarra ficam contidas, ainda sim é um boa faixa, levou 3 estrelas. A 3a faixa Catfish Kate tem uma guitarra bem legal, a entrada lembra Pixies do Bossa Nova, alias toda a faixa tem essa lembrança em minha percepção, 5 estrelas. A 4a faixa, This is My fate, com ritmo burlesco, até poderia ser um Tom Waits, mas não me agradou, 1 estrela. A 5a faixa, Ready For Love, é harmoniosa, uma baladinha com estilo, 4 estrelas. A 6a faixa, Silver Bullet, atmosfera sombria, a bateria marcada, sem muita pretensão, deixa todo o trabalho para guitarra de Joe e o baixo de Paz que ajudam a ampliar a atmosfera agonizante da letra e vocal de Francis, 3 estrelas. Long Ride a 7a faixa, me pareceu um cover, mas não é, o que me chamou mais ainda atenção para faixa que também lembra Bossa Nova, 3 estrelas. Los Sufers Muertos lembra um requiem, mas o vocal da Paz cai muito bem, a guitarra sofrida de Joe, poderia ser um pouca mais dadaística, mas não decola, 3 estrelas. St. Nazaire tem um vocal mais puxado, mas sem o pique dos albums que marcaram a banda, baixo e bateria sem muita presença, e não empolga, a guitarra até que tenta levantar o ar, mas a faixa não decola. 2 estrelas. Bird of Prey é chatinha e é seguida por Daniel Boone, é chata igual ao seriado de mesmo nome. Death Horizon, vem com a mesma pegada, mas é harmoniosa, pegajosa, dá vontade de assobiar, 4 estrelas.


No âmbito geral, Beneath the Eyrie é um bom album, mostra maturidade da banda em manter um som próprio, ainda que esteja distante dos tempos gloriosos, mas como sabemos, a glória tem hora e local, e dificilmente é repetido com os mesmos padrões.

Black Francis - Vocal e Guitarra base
Joe Santiago - Guitarra Solo
Paz Lenchantin - Baixo, vocal, piano, mellotron, letras
David Loverig - bateria e percussão



In The Arms of Mrs. Mark of Chain
On graveyard Hill
Catfish Kate
This is my Fate
Ready for Love
Silver Bullet
Long Rider
Los Surfers Muertos
St. Nazaire
Daniel Boone
Death Horizon






sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pixies | A Banda Perfeita - Tomo Derradeiro

Por Pachá
A Turnê de 1989 deixou todos os elfos esgotados. Um ano inteiro fora de casa do mais puro regozijo que uma banda pode ter.
Ela percebeu que algumas convicções que carregava mudaram completamente, se esvaíram com a distância e o tempo.
- Não quero mais saber desse negócio de Mrs. John Murphy, o casamento é realmente uma instituição fadada ao fracasso. A música é o meu grande amor e refúgio. Certo Francis Black?
- Humm! Nada entendo do amor, apenas sei que esta invenção está fora de controle. Quanto a musica sei que ela tem esse poder. Pode apostar que sim! E por favor, me chame de Black Francis.
- Sim. Claro! E o casamento é simplesmente uma pura perda de tempo. Você não acha Joe?
- Em minha terra casamento é coisa muito séria, “but, I don´t give a fuck!
- Yeah! ahum,uhum, fuck off all marriages!

Mas como acontece com todos que tem o coração, dilacerado, sangrado pela negligência ou incompatibilidade de outrem. Ela mergulhou ainda mais no trabalho, e ao voltar para casa procurou sua amiga de longa data, Tanya, do Throwing Muses e juntas resolveram montar uma banda só de garotas, The Breeders. Mas os elfos ainda não estavam satisfeitos, queriam mais, eles queriam enterrar fundo na alma dos fãs, os berros, acordes e todo tipo esquisitice que remetesse ao nome Pixies.




Criado durante a turnê de 1989, Doolitle sintetiza a maturidade da banda e alcança perfeição. Mas se engana quem pensa que com maturidade veio sons mais limpos, comportados, nada disso. Doolitle tem a demência do estilo Pixies bem destilado, fermentado em guitarras viajantes, bateria simples, porém eficaz e o sempre marcante baixo de Kim. Para muitos, e me incluo, é o melhor disco da década de 80. Mas como acontece com os adultos empanturrados de merda e egocentricidades, Francis e Kim dão vazão a suas desavenças antes silenciosa, agora explicita a todos. E os elfos começam a desenvolver trabalhos solos. O fim é iminente.




  1. Debaser
  2. Tame
  3. Wave of Mutilation
  4. I Bleed
  5. Here Comes Your Man
  6. Dead
  7. Monkey Gone to Heaven
  8. Mr. Grieves
  9. Crackity Jones
  10. La La Love You
  11. No. 13 Baby
  12. There Goes My Gun
  13. Hey
  14. Silver
  15. Gouge Away
Download | Pixies - Doolitle
O dias já não tinham a graça efêmera de outrora e sim o desgosto decantado em dias de convivência intolerável. Ela pensava, sentia, exercitava a empatia, mas o filme se repetia, seu casamento havia se desintegrado no mesmo processo, algo ainda remoía no coração deixando vazio na alma, e o que era pra ser seu acalento de dias cinzentos, se tornava um pequeno martírio com intervalos de insípida alegria, mas a música era pungente em sua alma, em seu coração.


Lançado no inicio de 1990, Bossanova era pra ser o disco de heavy metal que Francis Black havia prometido, mas não foi nem uma nem outra coisa, pois o disco também não tem nada do estilo brasileiro, bossa nova. Alguns já viam na banda sinais de desgaste, falta de fôlego.

O disco é pop, com vocais rasgados, com  surfmusic mais marcante, vide primeira faixa, "Cecilia Ann" cover dos The Ventures. Bossanova acabou por ser o albúm com maior número de faixas pops dos elfos.
 
A relação dos elfos, Kim e Francis já não possibilitava maiores e profundas discussões sobre musica, amizade. A banda estava prestes a se desmantelar.

  1. Cecilia Ann
  2. Rock Music
  3. Velouria
  4. Allison
  5. Is She Weird
  6. Ana
  7. All Over the World
  8. Dig for Fire
  9. Down to the Well
  10. The Happening
  11. Blown Away
  12. Hang Wire
  13. Stormy Weather
  14. Havalina
Download | Pixies - Bossanova


Trompe le Monde foi o canto de adeus dos elfos, que até em seu fim deixou algo que nenhuma outra banda fez, uma discografia indelével e deu origem a duas ótimas bandas The breeders e Frank Black (carreira solo do elfo maior). Trompe le monde é um disco, cru, coeso e foi conecbido já sabendo que a banda não prosseguiria a partir dele.










  1. "Trompe le Monde" – 1:48
  2. "Planet of Sound" – 2:06
  3. "Alec Eiffel" – 2:50
  4. "The Sad Punk" – 3:00
  5. "Head On" – 2:13
  6. "U-Mass" – 3:01
  7. "Palace of the Brine" – 1:34
  8. "Letter to Memphis" – 2:39
  9. "Bird Dream of the Olympus Mons" – 2:48
  10. "Space (I Believe In)" – 4:18
  11. "Subbacultcha" – 2:09
  12. "Distance Equals Rate Times Time" – 1:24
  13. "Lovely Day" – 2:05
  14. "Motorway to Roswell" – 4:43
  15. "The Navajo Know" – 2:20

A Roadrunner está relançando no Brasil todos CDs dos Pixies, com encartes e artes originais. É uma oportunidade única para as novas gerações terem contato com uma das melhores bandas de rock alternativo de todos os tempos, e que influenciou meio mundo em sua breve carreira. No pacote não está o EP Come On My Pilgrim (87), que costumava vir de bônus no CD da versão inglesa do Surfer Rosa.

Tomo I
Tomo II

domingo, 29 de agosto de 2010

Pixies| A banda Perfeita - Tomo II

Por Pachá
Ainda atordoados pela ótima repercussão de “come on pilgrim” o quarteto bostoniano se isola na sua cidade natal, e em duas semanas gravam o seu primeiro long play, “surfer rosa” que é lançada no ano de 1988 e pega a crítica e público de assalto.

Ela contemplou uma vez mais sua trajetória. Não se cansava de fazê-lo, e alguns pensamentos começavam a tomar forma em sua mente, mas longo concluiu que não era a hora para por ideias em prática, decidiu apenas desfrutar o momento, algo maior estava por vir, ela podia sentir assim como um Sioux podia sentir o cheiro de homem branco.


- Ei Frank e agora, sentamos e colhemos os louros?
- Hum! Creio que agora você pode me chamar de Francis Black.
- Sim, claro. Mas diz ai.
- Nós seremos os Beatles, os Rolling Stones, seremos maiores que a vida e ainda sim seremos como qualquer outra banda que grava e excursiona. Seremos os anormais que tornará o esquisito algo normal.
- Uau! Pensou ela, e já não sabia se idolatrava ou temia esse sujeito megalomaníaco.

Surfer Rosa” só confirmou a expectativa criada em “come on pilgrim” e agora com som mais lapidado, melhor produzido, porém mais animalesco com guitarras dantescas, vocais gutural, baixo e bateria em disputa pelo melhor volume, entenda-se mais alto, enfim o resultado foi um banquete para os críticos americanos e britânicos que ávidos por sangue novo, logo exaltaram o quarteto bostoniano e “surfer Rosa” alcançou o 10 lugar no ranking britânico, consolidando os elfos como uma grande banda e grande promessa do rock alternativo do final da década de 80.

Inicialmente com título whore, (puta), mas a 4AD achou muito agressivo, e vetou, os elfos então mudaram para "Surfer Rosa", Steve Albini o homem por trás do Big Black, banda que dois anos antes havia lançado o excelente "Atomizer" e já despontava na cena underground americana como produtor, sem motivo aparente negaria sua participação como produtor, e até hoje ele ainda o nega. Mas isso são mistérios que ajudam a criar mitos. O fato é que esse disco abalou o cenário, e a essa altura todos rasgavam seda para os elfos, de Nick Cave a David Bowie, todos amavam os elfos e "Surfer Rosa" entrou na parada desbancando medalhões da cena, como New Order e Cocteau Twins. E nas turnês americana e inglesa de lançamento, os elfos abriam para The Cure e Happy Mondays e roubavam a cena.





  1. "Bone Machine" – 3:02
  2. "Break My Body" – 2:05
  3. "Something Against You" – 1:47
  4. "Broken Face" – 1:30
  5. "Gigantic" (Francis/Kim Deal) – 3:45
  6. "River Euphrates" – 2:33
  7. "Where Is My Mind?" – 3:53
  8. "Cactus" – 2:16
  9. "Tony's Theme" – 1:52
  10. "Oh My Golly!" – 2:32
  11. "Vamos" – 4:18
  12. "I'm Amazed" – 1:42
  13. "Brick Is Red" – 2:00
To be Continued...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pixies | A banda Perfeita - Tomo I

Por Pachá
Boston – Um dia qualquer do mês de maio do ano de 1986, o jornal trazia em pequenas letras um discreto anuncio, “precisa-se de baixista que tenha influências de Husker-Du e "Peter, Paul & Mary”. Ela olhou rapidamente e pensou ser a pessoa, pensou melhor e concluiu que era qualificada para vaga. Ligou e marcou uma hora com um carinha de nome Charles. O encontro se deu em uma garagem da casa de outro sujeito de nome David, um skatista cujas influências estavam mais para o surf music do que para Big Black ou Husker-Du, logo também apareceu um tal Santiago, colega de quarto do Charles na Boston University.




Embora sem se dar conta, nenhuma banda se da, eles estavam prestes a marcar como poucas bandas o cenário de rock alternativo. Os ensaios aconteceram naquela mesma garagem, do sketista e agora baterista, David Lovering. O nome inicial da banda por sugestão, de Santiago, um sujeito esquisito, que preferia ser chamado apenas de Joe, era Pixies in Panoply , que numa tradução livre seria algo como, elfos de armaduras, mas Charles, um sujeito mais esquisito que Santiago, que sonhava em ser os Rolling Stones, Beatles, reduziu o nome para apenas Pixies. Estava posto o último ingrediente naquela que viria a ser uma das mais influentes e imaculadas bandas de todos os tempos, vale lembrar que a época em questão as bandas aconteciam por vez, não tinha a enxurrada de bandas como a partir dos anos 90 até os dias atuais, primeiro foi The cure, seguido por The Smiths, Echo & the Bunnymen e Jesus and Mary Chain, todas essas bandas marcaram a sua época. Os elfos bostoniano, também, e iniciaram sua epopeia contrariando as regras mercadológicas da música e após várias apresentações em bares e pequenos locais na vizinhança de Boston, partiram para a Inglaterra onde após algumas apresentações no underground britânico, chamou a atenção de um produtor da 4AD, selo de música alternativa, que após ouvir uma singela fita K-7 demo, tratou de botar na praça uma bolacha, um EP, intitulado “Come on Pilgrim” estamos já no longínquo ano de 87 do séc. passado e com esse EP o quarteto bostoniano caiu nas graças da critica e público do concorrido cenário de música alternativo britânico.

Um ano havia passado e ela, conclui com uma convicção que nunca teve, de que aquele anuncio sempre foi para ela, foi um chamado, tocar country com sua irmã era legal, mas aquilo era outra coisa, ela estava prestes cravar seu nome nos cânones do rock. E conviver com sujeitos esquisitos como Charles, e Joe tinham aberto novos horizontes...
- Hey Charles de onde vem toda essa demência poética, ela perguntava...
- Hum! creio que agora não sou mais Charles, por favor me chame de Black Charles, ok!
- Sim! sem problema Black Charles, mas e quanto a minha pergunta?
- Sim... Nunca fui popular, e quando se está encurralado dessa maneira sua tábua de sanidade está naqueles em quem você se identifica, So! mergulhei no universo transcendental de David Lynch, no dadaismo, no
surrealismo de Buñuel, na demência de Lou Reed, na insanidade cínica de Iggy Pop e Captain Beefheart.
Ela escutava com admiração e pesar, e depois tinham todo o alvoroço da critica inglesa, a turnê pela Grã-Bretanha com os conterrâneos Throwing Muses, nada mal para um garota de 27 anos, pensava ela a todo instante, mas assim como os outros membros ela também não estava muito ai para esse estardalhaço todo, de público e critica, ela queira tocar, queria mostrar a força de uma mulher empunhado seu baixo com a autoridade de um deus do trovão.





Prelúdio


Toda a síntese do que viria a ser a última grande banda perfeita está presente nesse EP, suas 8 faixas genialmente toscas será o alicerce para os próximos trabalhos. 



Os gritos e gemidos animalescos de Black Charles, o baixo trovão de Kim, as guitarras dadaístas de Joe e a batida surf music de David, todo muito bem embrulhado num disquinho que tem cara de feito num autêntico fundo de quintal, porém genial, com estilo, arte no seu estado puro.






1. Caribou
2. Vamos
3. Isla de encanta
4. Ed is Dead
5. The holliday song
6. nimrod's son
7 .I've been tired
8. Levitate me

Torrent | Come on Pilgrim + Sufer Rosa

Ela então juntamente com grupo retorna para Boston e são recebidos como patrimônio estadual, heróis...
- Hey David! Hey Joe! Antes éramos um estúpido grupo de Boston e agora somos os melhores de Boston isso não é estúpido?



I've Been Tired
One two three

She's a real left winger 'cause she's been down south
And held peasants in her arms
She said "I could tell you stories that could make you cry"
"What about you?"
I said "Me too"
"I could tell you a story that would make you cry"
And she sighed "Aaahh"
I said "I wanna be a singer like Lou Reed"
"I like Lou Reed" she said sticking her tongue in my ear
"Let's go, let's sit, let's talk"
"Politics go so good with beer"
"And while we're at it baby, why don't you tell me one of your biggest fears?"
I said "Loosing my penis to a whore with disease"
"Just kidding" I said "Loosing my life to a whore with disease"
I said "Please... I'm a humble guy with a healthy desire"
"Don't give me no shit because..."
I've been tired I've been tired
I tell a tale of a girl, but I call her a woman
She's a little bit older than me
Strong legs, strong fase, voice like milk, breasts like a cluster of grapes
I can't escape the ways she raise me
She'll make you feel like Solomon be one of your babies even if you had no one
(And while we're at it baby, why don't you tell me one of your biggest fears?)
I don't wanna sleep after setting my loins on fire
But that's OK because...

  Vídeomuito interessante, uma boa interpretação de I've Been Tired...Ckeck out!


To Be continued...