Christopher Nolan elevou em muito o conceito de filmes de ação. Se em mementos (amnésia) ele inovou ao contar história cronologicamente nada convencional, em Batman (Begin e Dark Knight) ele deu brilho e nuances as HQs com dois filmes que estão além dos filmes de ação e das próprias HQs.
Em Inception (origem) ele subverte as histórias de assalto, e cria um universo onírico de infinitas possibilidades, claro que os sonhos não são tão organizados como mostrados, mas quem se importa se o caótico subconsciente do cérebro humano não organiza as lembranças e projeções tal qual vivenciamos, o que importa para Nolan é criar a catarse dos filmes de ação, catarse no sentido de purificação, renovação, de um novo marco, assim como os Wachowski fizeram com matrix de 1999, criar universos onde a realidade cinematográfica esteja mais próxima dos sonhos, claro que isso só é possível com as modernas técnicas de CGI, que alias é outro ponto de grande relevância em Inception, e creio que fez jus aos 200 milhões de dólares da produção, a cena em gravidade zero é de encher os olhos.
O elenco tem apenas os destaques de Joseph Gordon-Levitt, vale lembrar que esse sujeito está se tornando um ator de extrema versatilidade, basta ver sua atuação em The Lookout de 2007 e mais recentemente em 500 dias com ela, está muito confortável e convincente no papel de Arthur o armador, o sujeito que faz toda a logística do assalto, tem também Tom Hardy, no papel de Eames o falsário, e o sempre muito correto Michael Caine, que caiu nas graças de Nolan, que o escalou nos seus três últimos filmes, os demais não decepciona nem fere o brilho da trama, com ressalva para o papel de arquiteto que poderiam ter dado a uma atriz mais convincente, a Ellen Page tem uma carinha e corpo de menina que fica bem para comédias juvenis, mas para atuações mais sérias creio que seja forçar uma barra, já o DiCaprio, o grande nome do cast embora convincente no papel do grande larápio do mundo dos sonhos não tem grande brilho e faz uma extensão do seu papel em a “Ilha do Medo”. Inception é para ser visto mais de uma vez, e certamente figurar nas listas dos melhores de 2010.
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