Por Pachá
Sartre disse certa vez em seu romance caminhos da liberdade, que para os sujeitos liquidados a vida ainda outorga pequenos prazeres, desde que sejam gozados modestamente. E Benny (Warren Oates), é prova viva disso, cansado de sobreviver, cansado de ser um perdedor, “ninguém pode perder o tempo todo” e com essa revolta ele aceita o macabro serviço de trazer a cabeça de um certo Alfredo Garcia, que só aparece em foto. Acontece que esse infeliz, Alfredo Garcia, iludiu uma pobre coitada, filha de um fervoroso católico magnata mexicano, que para honrar os laços da família oferece um milhão de dólares pela cabeça de Alfredo Garcia e incumbe dessa missão dois frios e sanguinários sujeitos (Gig Young e Robert Webber), que ao buscar informações do paradeiro de Alfredo trava contato com Benny, um fracassado músico que ganha a vida tocando piano em um bar nos confins do México.
O bilhete que abrirá as portas de uma nova vida para Benny não é barato, e custará muito mais do que o que ele está disposto a perder. Em sua jornada Benny leva consigo seu lanço afetivo, uma mulher de conduta questionável, Elita (Isela Veiga) que já foi amante de Alfredo e confessa a Benny que Alfredo morreu recentemente em um acidente de carro, e que o corpo foi enterrado em um vilarejo depois dos confins do México.
Essa pequena obra prima do poeta da violência, Sam Peckinpah, é um filme intrigante, pois trata do processo de insanidade daqueles que sempre acham que não tem nada a perder, e como mesmo percebe nosso anti-herói, Benny, “não valeu a pena” e tudo que lhe resta é uma insana vingança, e ai o ímpeto do diretor é liberado, dando vazão a cenas de violência minuciosamente trabalhadas, depurada no ódio sem precedente daqueles que direta ou indiretamente lhe causaram dor, humilhação.
Bring me the head... Foi primeiro e único filme no qual Sam teve total controle de produção, edição. A melancolia característica nos filmes de Sam foi amplificada ao criar um personagem autobiográfico, Benny, beberrão, perdido. O próprio Oates disse ter se inspirado no diretor para compor o personagem, cujo resultado é uma mistura do Doc de “Os implacáveis” e David de Straw dogs.
Sartre disse certa vez em seu romance caminhos da liberdade, que para os sujeitos liquidados a vida ainda outorga pequenos prazeres, desde que sejam gozados modestamente. E Benny (Warren Oates), é prova viva disso, cansado de sobreviver, cansado de ser um perdedor, “ninguém pode perder o tempo todo” e com essa revolta ele aceita o macabro serviço de trazer a cabeça de um certo Alfredo Garcia, que só aparece em foto. Acontece que esse infeliz, Alfredo Garcia, iludiu uma pobre coitada, filha de um fervoroso católico magnata mexicano, que para honrar os laços da família oferece um milhão de dólares pela cabeça de Alfredo Garcia e incumbe dessa missão dois frios e sanguinários sujeitos (Gig Young e Robert Webber), que ao buscar informações do paradeiro de Alfredo trava contato com Benny, um fracassado músico que ganha a vida tocando piano em um bar nos confins do México.
O bilhete que abrirá as portas de uma nova vida para Benny não é barato, e custará muito mais do que o que ele está disposto a perder. Em sua jornada Benny leva consigo seu lanço afetivo, uma mulher de conduta questionável, Elita (Isela Veiga) que já foi amante de Alfredo e confessa a Benny que Alfredo morreu recentemente em um acidente de carro, e que o corpo foi enterrado em um vilarejo depois dos confins do México.
Essa pequena obra prima do poeta da violência, Sam Peckinpah, é um filme intrigante, pois trata do processo de insanidade daqueles que sempre acham que não tem nada a perder, e como mesmo percebe nosso anti-herói, Benny, “não valeu a pena” e tudo que lhe resta é uma insana vingança, e ai o ímpeto do diretor é liberado, dando vazão a cenas de violência minuciosamente trabalhadas, depurada no ódio sem precedente daqueles que direta ou indiretamente lhe causaram dor, humilhação.
Bring me the head... Foi primeiro e único filme no qual Sam teve total controle de produção, edição. A melancolia característica nos filmes de Sam foi amplificada ao criar um personagem autobiográfico, Benny, beberrão, perdido. O próprio Oates disse ter se inspirado no diretor para compor o personagem, cujo resultado é uma mistura do Doc de “Os implacáveis” e David de Straw dogs.
Nenhum comentário:
Postar um comentário