Por Pachá
Raymond Chandler (1888-1959) é um dos responsáveis pelo gênero policial ser o que é hoje.
Philip Marlowe seu detetive particular moldou toda uma geração de policiais, seja na literatura ou no cinema, como; comportamento, narrativa, estilo (o estilo noir deve tributo a ele).
Em farewell my Love, Phillip se depara com uma quadrilha especializada em roubos de jóias de ricas damas de Los Angeles. A trama sempre bem detalhada possui narrativa peculiar à Chandler, em que aos poucos o leitor vai se envolvendo no emaranhado de acontecimento que se cruzam mais adiante, tudo muito bem planejado, como um grande e “bom” assalto.
A peculiaridade mais marcante, no entanto fica a cargo do cinismo e individualismo de Philip que em momento algum procura soluções impossíveis para situações fantásticas, alias as situações de perigo nas tramas de Chandler sempre beira o da vida real, personagens perdidos, corruptos, motivos mesquinhos e fúteis, tudo fruto do progresso e civilização.
As mulheres nos romances de Chandler têm participações especiais, sempre bem descritas, nas roupas, jeito, maneira de andar, de usar adereços, nada passa despercebido pela analise de Chandler, uma visão machista alguns podem afirmar, afinal estamos nos anos 40, mas elas não estão isentas de participar na solução de casos junto a Philip ou mesmo ser o próprio caso, colocando sua percepção dos homens e da vida. No caso de Anne Riordan, típica boa moça dos anos 40, personagem que se sente atraída pelo jeito de Philip e o ajuda, mesmo sem ele pedir. Ela é descrita com fragilidade e insegurança da mulher da época, mas com sagacidade de um homem, porém Philip em determinado momento, diz, “Ela não faz meu tipo. Gosto de mulheres negras, atraentes calejadas e carregadas de pecados”. Por outro lado existem as badgirls lindas, sexys e quase sempre ambiciosas a ponto de levar um homem a cometer loucuras, no caso de Farewell my Love essa figura ganha forma no nome de Velma. Hoje é claro isso é clichê; mulheres estonteantes e fatais, policial sempre com uma resposta engraçada, humor ácido, observações cínicas e visão pessimista do mundo, policial durão outro mais humano, mas te lembro, que esse livro, Farewell my Love, foi escrito em 1940, portanto o segundo romance de Chandler, da melhor fase de sua escrita, pois após a morte de sua esposa, Cissy Pascal em 1954 sua escrita perdeu muito em qualidade, uma vez que ele se entregou ao álcool.
A edição que li não é da LP&M, que alias possui uma caixa com os livros de maior sucesso de Chandler, e sim uma da editora artenova que tem uma capa horrível, pois aparece nitidamente um trem da década de 70 e um sujeito que deve ser o Phillip Marlowe que mais parece o Jonathan Hart do casal 20.
Raymond Chandler (1888-1959) é um dos responsáveis pelo gênero policial ser o que é hoje.
Philip Marlowe seu detetive particular moldou toda uma geração de policiais, seja na literatura ou no cinema, como; comportamento, narrativa, estilo (o estilo noir deve tributo a ele).
Em farewell my Love, Phillip se depara com uma quadrilha especializada em roubos de jóias de ricas damas de Los Angeles. A trama sempre bem detalhada possui narrativa peculiar à Chandler, em que aos poucos o leitor vai se envolvendo no emaranhado de acontecimento que se cruzam mais adiante, tudo muito bem planejado, como um grande e “bom” assalto.
A peculiaridade mais marcante, no entanto fica a cargo do cinismo e individualismo de Philip que em momento algum procura soluções impossíveis para situações fantásticas, alias as situações de perigo nas tramas de Chandler sempre beira o da vida real, personagens perdidos, corruptos, motivos mesquinhos e fúteis, tudo fruto do progresso e civilização.
As mulheres nos romances de Chandler têm participações especiais, sempre bem descritas, nas roupas, jeito, maneira de andar, de usar adereços, nada passa despercebido pela analise de Chandler, uma visão machista alguns podem afirmar, afinal estamos nos anos 40, mas elas não estão isentas de participar na solução de casos junto a Philip ou mesmo ser o próprio caso, colocando sua percepção dos homens e da vida. No caso de Anne Riordan, típica boa moça dos anos 40, personagem que se sente atraída pelo jeito de Philip e o ajuda, mesmo sem ele pedir. Ela é descrita com fragilidade e insegurança da mulher da época, mas com sagacidade de um homem, porém Philip em determinado momento, diz, “Ela não faz meu tipo. Gosto de mulheres negras, atraentes calejadas e carregadas de pecados”. Por outro lado existem as badgirls lindas, sexys e quase sempre ambiciosas a ponto de levar um homem a cometer loucuras, no caso de Farewell my Love essa figura ganha forma no nome de Velma. Hoje é claro isso é clichê; mulheres estonteantes e fatais, policial sempre com uma resposta engraçada, humor ácido, observações cínicas e visão pessimista do mundo, policial durão outro mais humano, mas te lembro, que esse livro, Farewell my Love, foi escrito em 1940, portanto o segundo romance de Chandler, da melhor fase de sua escrita, pois após a morte de sua esposa, Cissy Pascal em 1954 sua escrita perdeu muito em qualidade, uma vez que ele se entregou ao álcool.
A edição que li não é da LP&M, que alias possui uma caixa com os livros de maior sucesso de Chandler, e sim uma da editora artenova que tem uma capa horrível, pois aparece nitidamente um trem da década de 70 e um sujeito que deve ser o Phillip Marlowe que mais parece o Jonathan Hart do casal 20.
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