The Killing 1956

Por Pachá

Terceiro filme de Kubrick. Alguns julgam pelo fato de Kubrick ter  adaptado para o cinema um romance policial um certo deslize em sua filmografia. Mas apesar do tema não ser o terreno predileto de Kubrick ele emprega toda o seu meticuloso olhar cinematográfico para recriar um ambiente tenso e forte, mesmo para o gênero policial. Clay (Sterling Hayden) planeja um grande golpe, roubar 2 milhões de um hipódromo, para isso ele forma um gangue e monta um plano arrojado que requer extrema sincronia dos participantes, mas ele não conta com uma participante, oculta, ambiciosa, que bola seu próprio plano para por a mão nessa bolada. 

As atuações muito corretas e convincentes de Hayden no papel de um marido devotado e manipulado pela ambiciosa mulher Elisha Coock que  dá um toque ainda mais genial a esse thriller policial dando a Kubrick um prestígio de um diretor, já naquela época, muito acima da média, com planos de câmera sobreposto, fugindo dos flashbacks, narrativa numa ordem cronológica sóbria, sem voyeurismo. 

Como apreciador do gênero devo confessar que os finais de filmes de assaltos, na sua grande maioria, me desagrada, de um jeito ou de outro impera uma certa moralidade cívica, tipo o crime não compensa, e com isso os ladrões por mais geniais que sejam, veem seus planos irem por agua abaixo, por simples lances de sorte por parte da policia, ou porque tentam colocar a natureza humana, a ganância acima de qualquer outro instinto, até mesmo ignorar o fato de ser preso ou pegar pena de morte.

The Killing é um bom exemplo de filme ação para época, a partir do qual confere a Kubrick possibilidade de alcançar projetos mais ambiciosos. Como Spartacus que vai coloca-lo no hall dos grandes do cinema de Hollywood.

magnetlink the killing 1963

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