Por Pachá
Casa verde foi publicado em 1966 e rendeu a Llosa, que na época tinha 29 anos, o prêmio da critica espanhola e premio de melhor romance em língua espanhola na Venezuela. Casa Verde é a luta do povo pela terra, o sustento daqueles que vive em lugares inóspitos e, sobretudo sobre paixão. Llosa arquiteta sua narrativa no retalho geográfico do Peru e sua população ribeirinha e intercala passado e presente de seus personagens. A figura principal é Don Anselmo, homem misterioso e carismático que chega a Piúra, um dos recantos mais distantes do Peru e lá se instala e constrói uma grande casa com dois andares toda pintada de verde que mais tarde se transforma em um prostíbulo que altera o cotidiano desse pacato vilarejo.
Llosa em seu segundo romance cria uma atmosfera de catástrofe que paira sob os ombros de seus personagens, em sua grande maioria, pobres, indígenas que vivem da terra e do rio. Por vezes a leitura se torna confusa, pois os diálogos de personagens e narrador se mesclam criando um fluxo atordoante de desespero e perdição. Alguns críticos o comparam a Faulkner e Flaubert, como nunca li nenhum desses dois escritores, tudo que posso relatar é minha percepção a cerca do que a leitura causou em mim. Assim como um Graciliano Ramos que disseca o universo do homem nordestino, Llosa traça uma cartografia amoral da cultura peruana onde não há heróis, tão pouco vilões, e sim o instinto universal de sobrevivência. Confesso que o interesse de ler uma obra de Llosa partiu, ou melhor, se materializou com sua recente premiação com Nobel de literatura, a curiosidade já havia desde quando assisti ao filme Pantaleão e as visitadoras, filme este baseado em obra de mesmo nome, mas que ainda não se concretizou. Por hora e como primeiro contato com a sua obra é sua precisão e eficiência, pelo menos convincente, no que diz respeito ao conhecimento do seu povo, conhecimento quase jornalístico o que deve ter demandado uma pesquisa considerável sobre o comportamento, social, econômico e religioso dos recantos mais distantes da capital Lima. Sim, é um obra poderosa enquanto romance e portanto prazerosa de se ler.
Llosa em seu segundo romance cria uma atmosfera de catástrofe que paira sob os ombros de seus personagens, em sua grande maioria, pobres, indígenas que vivem da terra e do rio. Por vezes a leitura se torna confusa, pois os diálogos de personagens e narrador se mesclam criando um fluxo atordoante de desespero e perdição. Alguns críticos o comparam a Faulkner e Flaubert, como nunca li nenhum desses dois escritores, tudo que posso relatar é minha percepção a cerca do que a leitura causou em mim. Assim como um Graciliano Ramos que disseca o universo do homem nordestino, Llosa traça uma cartografia amoral da cultura peruana onde não há heróis, tão pouco vilões, e sim o instinto universal de sobrevivência. Confesso que o interesse de ler uma obra de Llosa partiu, ou melhor, se materializou com sua recente premiação com Nobel de literatura, a curiosidade já havia desde quando assisti ao filme Pantaleão e as visitadoras, filme este baseado em obra de mesmo nome, mas que ainda não se concretizou. Por hora e como primeiro contato com a sua obra é sua precisão e eficiência, pelo menos convincente, no que diz respeito ao conhecimento do seu povo, conhecimento quase jornalístico o que deve ter demandado uma pesquisa considerável sobre o comportamento, social, econômico e religioso dos recantos mais distantes da capital Lima. Sim, é um obra poderosa enquanto romance e portanto prazerosa de se ler.
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