Por Pachá
Com uma escrita debochada e recheada de sarcasmo Reinaldo Moraes narra sua aventura e desventura na cidade luz, Paris e tanto faz de onde vêm as drogas, as bebidas e as mulheres, seu alterego está dentro. E entre uma viagem e uma trepada um cineminha cai bem... E assim o bostão, alcunha não muito apreciado por ele, de Moraes, se entrega aos caprichos de seus desejos, mas tanto faz... Tudo que ele quer é viver a vida no mais fundamentado anarquismo boêmio. Deitado em braços cálidos ao som dos sambas bossa rock novos, no mais profundo descolamento da realidade Ricardinho vai devorando o tempo e o que vier.
Ricardinho não esconde sua influência e admiração por Oswald de Andrade, e assim como este ignora os manifestos revolucionários e não se enquadrando no meio burguês, por ser um duro de marré, marré... resolve se entregar de corpo e mente a causa boêmia dandistica cujo passatempo predileto é fleunar pelos céus de uma Paris que mais parece uma São Paulo, só que mais fria.
Para quem já gastou seus neurônios e pestanas em leituras como John Fante, Henrry Miller e o dirty old man, Buk e os brasucas Oswaldo e Nelson Rodrigues tem em tanto faz uma mistura desses malditos, mas com estilo, que engana quem acha que é descuidado, moderno em uma ode ao Parnasianismo, pois a narrativa de Moraes é romântica revolucionária, realística porra.
E como desgraça pouca é ninharia, Ricardinho antes de aportar em terras verdes e amarelas passa pelo a mega Nova Iorque, uma São Paulo só que maior. E lá pensa melhor com seus botões “O que é um peido para quem está todo cagado?” E cai de cabeça nos anos 80 e no apartamento de brasileira amiga de amiga de Ricardinho, uma autêntica rainha milenar do Congo, uma neo punk new junk wave. E se as drogas são boas, não há lugar ruim, que sua imaginação não possa transforma-lo em paraíso. E os dias correm soltos quando a viagem é louca. E entre um abacaxi e delírios Ricardinho vive seus dias de dândi tupiniquim em terras de tio Sam dando lirismo etílico e opiáceo a sua sonata do louco apaixonado, a ordem tanto faz.
Já de volta ao Brasil nosso junk dândi porra loca aterrissa seus medos e paixões embrulhados na carcaça de trintão no Rio de Janeiro. E sob o sorriso da Guanabara Ricardinho vive dias de frison e noites de baixo Leblon sob o olhar petrificado do cristo redentor. E como sempre tudo é regurgitado pelo seu notebook e bic sempre atentos para os caminhos de sua volúpia.
Inicialmente lançados em 1981 e 1985, Tanto faz e Abacaxi é o debut de Ricardo Moraes na literatura nacional e é fácil colocá-lo ao lado de escritores malditos já mencionados linhas acima.
Ricardinho não esconde sua influência e admiração por Oswald de Andrade, e assim como este ignora os manifestos revolucionários e não se enquadrando no meio burguês, por ser um duro de marré, marré... resolve se entregar de corpo e mente a causa boêmia dandistica cujo passatempo predileto é fleunar pelos céus de uma Paris que mais parece uma São Paulo, só que mais fria.
Para quem já gastou seus neurônios e pestanas em leituras como John Fante, Henrry Miller e o dirty old man, Buk e os brasucas Oswaldo e Nelson Rodrigues tem em tanto faz uma mistura desses malditos, mas com estilo, que engana quem acha que é descuidado, moderno em uma ode ao Parnasianismo, pois a narrativa de Moraes é romântica revolucionária, realística porra.
E como desgraça pouca é ninharia, Ricardinho antes de aportar em terras verdes e amarelas passa pelo a mega Nova Iorque, uma São Paulo só que maior. E lá pensa melhor com seus botões “O que é um peido para quem está todo cagado?” E cai de cabeça nos anos 80 e no apartamento de brasileira amiga de amiga de Ricardinho, uma autêntica rainha milenar do Congo, uma neo punk new junk wave. E se as drogas são boas, não há lugar ruim, que sua imaginação não possa transforma-lo em paraíso. E os dias correm soltos quando a viagem é louca. E entre um abacaxi e delírios Ricardinho vive seus dias de dândi tupiniquim em terras de tio Sam dando lirismo etílico e opiáceo a sua sonata do louco apaixonado, a ordem tanto faz.
Já de volta ao Brasil nosso junk dândi porra loca aterrissa seus medos e paixões embrulhados na carcaça de trintão no Rio de Janeiro. E sob o sorriso da Guanabara Ricardinho vive dias de frison e noites de baixo Leblon sob o olhar petrificado do cristo redentor. E como sempre tudo é regurgitado pelo seu notebook e bic sempre atentos para os caminhos de sua volúpia.
Inicialmente lançados em 1981 e 1985, Tanto faz e Abacaxi é o debut de Ricardo Moraes na literatura nacional e é fácil colocá-lo ao lado de escritores malditos já mencionados linhas acima.
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