sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O Falcão Maltês 1943


Por Pachá
No inicio do séc.XX dois autores criaram o género policial na literatura, Dashiell Hammett e Raymond Chandler. O género fascinou  leitores pois os mergulhavam até os pelos da cabeça no submundo do crime, um mundo imoral, cínico e desprovido de toda e qualquer esperança no ser humano, pode parecer banal hoje, mas tente fazer esse julgamento com olhar dos anos 20 do séc. XX. Logo esse estilo ganhou rotulo de noir, mas ele ficou eternizado mesmo nos filmes de Hollywood e Falcão Maltês é um dos precursores desse estilo nas telonas.

Baseado no livro homónimo de Dashiell Hammett, em 1941 John Houston capta com extrema perfeição esse estilo, de sombras, personagens durões, solitários e igualmente perdidos. Para o papel do detetive Sam Spade é escalado ninguém menos do que Humphrey Bogart, o papel caiu como uma luva, Bogart casava com todas as imagens do livro de Hammett, solitário, incorrigivel por vezes prepotente e insensivel. 

A trama como caracteristica do estilo noir é cheia de revés. Sam Spade é contratado para encontrar uma relíquia valiosa, um falcão de ouro maciço dado de presente ao Rei da Espanha pelos Templários de Malta em 1539.  Sam traça sua investigação após se contactado por uma certa Sra. O’Shaughnessy (Mary Astor) quem primeiro encarnou o estilo feme fatale no cinema, outra caracteristica do noir. E no decorrer e desfecho da trama ninguém é o que diz ou que parece ser.

As tentativas  anteriores para levar o livro de Hammett paras as telas não tiveram a perspicácia que Houston teve, pois ao contrários de seus antecessores Houston, que também escreveu o roteiro, deixou seu filme muito próximo do livro o que explica o estrondoso sucesso e inaugourou o estilo que dominou Hollywood até os anos 50.


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