Por Pachá
Peter Greenway é um diretor extremamente enraizado na estética do simbólico. A barriga do arquiteto é seu primeiro filme no qual essa preocupação vem a tona, seguido mais tarde pelo O Cozinheiro, o ladrão, a esposa e seu amante, e A ultima tempestade. A realidade para Greenway está em eterno conflito entre a razão e emoção. Kracklite (Brian Dennehy) é um arquiteto americano que vai à Roma para comandar a exposição do seu ídolo e formador de sua carreira profissional, o arquiteto francês Etienne-Louis Boullée (1728-1799).
Em Roma Kracklite se depara com uma equipe não muito colaboradora, não nutrem por Boullée a mesma paixão que ele. Na arquitetura de Roma, que tanto influenciou a estética de Boullée, e nestas formas reside a simbologia de Greenway nos remetendo ao masculino e feminino, as formas arredondadas, abobadas, cúpulas, torres representando barrigas, útero e falos. O que rende ótima fotografia do filme nas lentes de Sacha Vierny.
Em Roma sua esposa Louisa (Chloe Webb) é assediada descaradamente pelo co-organizador da exposição Caspasian (Lambert Wilson), e daí começa o tormento do arquiteto, que é acometido por fortes dores no estomago. Paranóico, pensa que sua mulher o envenenou, e cria estranha obsessão por barrigas. O filme ainda traz questionamentos sobre ética e moral, caracterizado no adultério que não rende comentário dos personagens, sobrando a Kracklite o silencioso escárnio da traição, e desvio de dinheiro da exposição para obras de cunho fascista segundo Kracklite. Esse desvio não passa despercebido, reflexo do mundo materialista. E nesses pequenos detalhes Greenway monta intrigada colcha conflituosa entre razão e emoção. Kracklite embora sofra pela perda da mulher, as dores estomacais parecem lhe afligir mais dor que a traição da mulher.
Em Roma Kracklite se depara com uma equipe não muito colaboradora, não nutrem por Boullée a mesma paixão que ele. Na arquitetura de Roma, que tanto influenciou a estética de Boullée, e nestas formas reside a simbologia de Greenway nos remetendo ao masculino e feminino, as formas arredondadas, abobadas, cúpulas, torres representando barrigas, útero e falos. O que rende ótima fotografia do filme nas lentes de Sacha Vierny.
Em Roma sua esposa Louisa (Chloe Webb) é assediada descaradamente pelo co-organizador da exposição Caspasian (Lambert Wilson), e daí começa o tormento do arquiteto, que é acometido por fortes dores no estomago. Paranóico, pensa que sua mulher o envenenou, e cria estranha obsessão por barrigas. O filme ainda traz questionamentos sobre ética e moral, caracterizado no adultério que não rende comentário dos personagens, sobrando a Kracklite o silencioso escárnio da traição, e desvio de dinheiro da exposição para obras de cunho fascista segundo Kracklite. Esse desvio não passa despercebido, reflexo do mundo materialista. E nesses pequenos detalhes Greenway monta intrigada colcha conflituosa entre razão e emoção. Kracklite embora sofra pela perda da mulher, as dores estomacais parecem lhe afligir mais dor que a traição da mulher.
Foi uma surpresa ver Brian Denehy protagonistas de tantos filmes ruins realizar uma interpretaçào que muda qualquer opinião a seu respeito como ator. O restante do elenco é convicente.
Diretor: Peter Greenaway
Elenco: Brian Dennehy, Chloe Webb, Lambert Wilson, Sergio Fantoni, Stefania Casini, Vanni Corbellini, Alfredo Varelli, Geoffrey Copleston, Francesco Carnelutti.
Produção: Colin Callender, Walter Donohue
Roteiro: Peter Greenaway
Fotografia: Sacha Vierny
Trilha Sonora: Wim Mertens
Duração: 118 min.
Ano: 1987
País: Reino Unido/ Itália
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