Camarão que dorme a onda leva... Esse é um dos lemas das metrópoles, que engole os menos adaptados e para os protagonistas de Se nada mais der certo, do diretor José Eduardo Belmonte, essa é uma verdade irrefutável. Léo, vivido pelo global Cauã Raymond, em profunda crise financeira luta para não se arrastado pelo tsunami de dividas.
Desempregado e ainda abrigando uma anoréxica e dependente química, seu filho e uma empregada que não vê salário há quatro meses, mas que se mantém no emprego para não dormir na rua. Léo tenta achar uma saída, e no extremo de sua crise ele conhece Marcin, na excelente interpretação de Caroline Abras, uma andrógina vapor de drogas do submundo paulista que apresenta a Léo o taxista Wilson (João Miguel), este a um passo da insanidade devido a solidão e falta de oportunidade da cidade grande, e tudo é apenas uma questão de convite para o trio iniciar um série de pequenos golpes até culminar na participação de um assalto a mão armada.
A proposta de Belmonte é uma critica a classe oprimida com um discurso, um tanto velho, de que o sistema está destruindo a sanidade e as relações sociais, e que de alguma maneira nos leva a crê que a integridade dos personagens está intacta, como se eles não tivessem escolhas, não compartilho desse tipo de pensamento, pois não acredito que o mal seja inerente ao ser humano, creio sim que ele é latente e é apenas uma questão de sobrevivência para aflorar.
Outro importante aspecto que dá o ar pessimista ao filme é a fotografia, com tons granulados, puxados pro cinza, câmera arisca, sempre com quadros fechados nos personagens, tudo muito assimilado por um elenco afinado, um Cauã correto, inclusive como narrador, o sempre convincente João Miguel, mas quem rouba a cena mesmo é a Caroline Abras, que me lembrou Hilary Swank em “Meninos não choram” na pele de um personagem sem sorte e sem norte. Belmonte já havia chamado minha atenção em “Subterrâneos”, seu primeiro filme, não assisti a “Concepção” e “Meu mundo está em perigo”, mas após “Se nada mais der certo”, pretendo corrigir esse lapso, pois o filme o coloca, em minha opinião, entre os grandes diretores nacionais, e “Se nada mais der certo” como um dos melhores filmes do cinema nacional.
Desempregado e ainda abrigando uma anoréxica e dependente química, seu filho e uma empregada que não vê salário há quatro meses, mas que se mantém no emprego para não dormir na rua. Léo tenta achar uma saída, e no extremo de sua crise ele conhece Marcin, na excelente interpretação de Caroline Abras, uma andrógina vapor de drogas do submundo paulista que apresenta a Léo o taxista Wilson (João Miguel), este a um passo da insanidade devido a solidão e falta de oportunidade da cidade grande, e tudo é apenas uma questão de convite para o trio iniciar um série de pequenos golpes até culminar na participação de um assalto a mão armada.
A proposta de Belmonte é uma critica a classe oprimida com um discurso, um tanto velho, de que o sistema está destruindo a sanidade e as relações sociais, e que de alguma maneira nos leva a crê que a integridade dos personagens está intacta, como se eles não tivessem escolhas, não compartilho desse tipo de pensamento, pois não acredito que o mal seja inerente ao ser humano, creio sim que ele é latente e é apenas uma questão de sobrevivência para aflorar.
Outro importante aspecto que dá o ar pessimista ao filme é a fotografia, com tons granulados, puxados pro cinza, câmera arisca, sempre com quadros fechados nos personagens, tudo muito assimilado por um elenco afinado, um Cauã correto, inclusive como narrador, o sempre convincente João Miguel, mas quem rouba a cena mesmo é a Caroline Abras, que me lembrou Hilary Swank em “Meninos não choram” na pele de um personagem sem sorte e sem norte. Belmonte já havia chamado minha atenção em “Subterrâneos”, seu primeiro filme, não assisti a “Concepção” e “Meu mundo está em perigo”, mas após “Se nada mais der certo”, pretendo corrigir esse lapso, pois o filme o coloca, em minha opinião, entre os grandes diretores nacionais, e “Se nada mais der certo” como um dos melhores filmes do cinema nacional.
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