Por Pachá
Eu sei que vou te amar, livro 2007 que veio do filme 1986 de mesmo nome e mesmo autor, Arnaldo Jabor, tem dialogo destrutivo ao mesmo tempo em que renovador para um casal que após 6 anos de casamento se separa, e três meses após separação voltam a se encontrar numa tentativa de exorcizar esse amor contido em pensamentos e frases que não conseguem materializar suas reais intenções. A narrativa de Jabor é doentia como um sonho febril, onde a liberdade do casal é algo que não lhes pertencem, e esta está a mercê da vontade da pele, do gesto, da falta e até mesmo dos defeitos que esse casal experimentou em seis anos de convivência e sem perceber desenvolveram uma simbiose.
A passagem do tempo é algo bem trabalhado no livro de Jabor, que desnorteia os personagens criando um espaço atemporal, onírico. No apartamento do ex-marido, do momento em que ela, mulher antecipada e confusa quanto a sua nova condição, passa pela porta adentro, o tempo pára, e em suspenso ficam os pensamentos escondidos por frases que ferem, e que desencadeiam novos e mudos pensamentos que alimenta o relógio coxo, catatônico desse casal que tem por testemunha apenas as paredes de um apartamento que ora, morre ora se enche de vida.
Eu sei que vou te amar, livro 2007 que veio do filme 1986 de mesmo nome e mesmo autor, Arnaldo Jabor, tem dialogo destrutivo ao mesmo tempo em que renovador para um casal que após 6 anos de casamento se separa, e três meses após separação voltam a se encontrar numa tentativa de exorcizar esse amor contido em pensamentos e frases que não conseguem materializar suas reais intenções. A narrativa de Jabor é doentia como um sonho febril, onde a liberdade do casal é algo que não lhes pertencem, e esta está a mercê da vontade da pele, do gesto, da falta e até mesmo dos defeitos que esse casal experimentou em seis anos de convivência e sem perceber desenvolveram uma simbiose.
A passagem do tempo é algo bem trabalhado no livro de Jabor, que desnorteia os personagens criando um espaço atemporal, onírico. No apartamento do ex-marido, do momento em que ela, mulher antecipada e confusa quanto a sua nova condição, passa pela porta adentro, o tempo pára, e em suspenso ficam os pensamentos escondidos por frases que ferem, e que desencadeiam novos e mudos pensamentos que alimenta o relógio coxo, catatônico desse casal que tem por testemunha apenas as paredes de um apartamento que ora, morre ora se enche de vida.
Para quem tem o Jabor como um pretensioso, e até mesmo chato que aponta seu humor recheado de dissabor para todos os lados, esse livro que chega quase 20 anos após filme, certamente vai mudar opinião a respeito desse, cronista, cineasta e dramaturgo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário