quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Noiva estava de Preto


Por Pachá
Jeanne Moreau encarna a viúva Julie Kholer que faz da vingança seu único motivo de viver. É bom ressaltar a interpretação de Jeanne Moreau que dá ao personagem uma mórbida vivacidade, quando parte para caçar um a um os responsáveis pela morte de seu marido, empregando a sedução como ferramenta principal para chegar a suas vitimas. As sequências e tomadas de cena lembram muito as técnicas de Hitchcock e é proposital, mas que não chega ser um plágio, pois ainda sim Truffaut mantém seu estilo de direção e preparação de atores, primando pelos diálogos objetivos. Ele também participou da criação do roteiro, criando uma narrativa fluida sem apelar para clichês comuns ao gênero policial.


Baseado no livro de Cornell Woorich, A Noiva estava de Preto é uma explicita homenagem a Hitchcock de quem Truffaut era fã confesso. Lançado em 1968 A Noiva Estava de Preto é o atormentado quadro de quem tem na dor da recordação perpétua a perda do sentido maior da vida.
Não é dos melhores filmes de Truffaut, mas é um Truffaut e vale cada frame.





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