Por Pachá
O cinema do austríaco Heneke é pautado por doses de ousadia e desapego aos padrões do cinema arte. Em o Castelo obra adaptada do livro de mesmo titulo de Franz Kafka Haneke imprime uma leitura ao pé da letra, literalmente ao transpor para as telas a mais complexa obra de Kafka, residindo neste emprego a grande falha do filme que ao tentar se aproximar deveras do livro perde cadência e por vezes se torna enfadonho quando somos imerso no redemoinho da narrativa labiríntica de Kafka.
Se por um lado o filme peca ao ter dinâmica de leitura e pouca de cinema, esse aspecto é compensado pelas ótimas atuações de Ulrich Mühe, como o protagonista K, somente. Lembrando que em a metamorfose o sujeito explorado pela família e pelo patrão, se chamava Joseph K.
K é um agrimensor, topógrafo, que é convocado a um vilarejo no qual sua inteira população trabalha ou presta serviços para O castelo. A chegada de K à tal vila é permeado de equívocos e um emaranhado de burocracia que tentam distanciar K de seus objetivos. Ele conhece Frieda (Susana Lothar), se apaixonam e decidem se casar. Mas tudo se torna muito mais complexo do que K imaginava quando decide elucidar as questões que o trouxeram a vila. E como forma de responder as suas perguntas ele crer que só encontrará respostas no castelo, mas até nisto ele é tragado pela teia de costumes e intrigas que rodeiam famílias, funcionários e secretários do castelo.
Para quem assiste ao filme sem conhecimento da obra de Kafka, O castelo será um grande bocejo, mesmo para os ditos amantes da sétima arte. Pois assim como o livro, o filme dar muitas voltas sem expectativas de conflitos que possam prender a atenção do espectador, neste reside a diferença crucial entre o livro e o filme. Mas para curiosos, e ai me incluo, o filme de Heneke aguça a vontade e o desejo de se aprofundar na obra de Kafka e ao ler o livro e assistir ao filme, nesta ordem se possível, só assim podemos perceber o quão ousado é o diretor Heneke.
Se por um lado o filme peca ao ter dinâmica de leitura e pouca de cinema, esse aspecto é compensado pelas ótimas atuações de Ulrich Mühe, como o protagonista K, somente. Lembrando que em a metamorfose o sujeito explorado pela família e pelo patrão, se chamava Joseph K.
K é um agrimensor, topógrafo, que é convocado a um vilarejo no qual sua inteira população trabalha ou presta serviços para O castelo. A chegada de K à tal vila é permeado de equívocos e um emaranhado de burocracia que tentam distanciar K de seus objetivos. Ele conhece Frieda (Susana Lothar), se apaixonam e decidem se casar. Mas tudo se torna muito mais complexo do que K imaginava quando decide elucidar as questões que o trouxeram a vila. E como forma de responder as suas perguntas ele crer que só encontrará respostas no castelo, mas até nisto ele é tragado pela teia de costumes e intrigas que rodeiam famílias, funcionários e secretários do castelo.
Para quem assiste ao filme sem conhecimento da obra de Kafka, O castelo será um grande bocejo, mesmo para os ditos amantes da sétima arte. Pois assim como o livro, o filme dar muitas voltas sem expectativas de conflitos que possam prender a atenção do espectador, neste reside a diferença crucial entre o livro e o filme. Mas para curiosos, e ai me incluo, o filme de Heneke aguça a vontade e o desejo de se aprofundar na obra de Kafka e ao ler o livro e assistir ao filme, nesta ordem se possível, só assim podemos perceber o quão ousado é o diretor Heneke.
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