Escrito em 1978 numa América efervescente, sexo, drogas e bebedeiras. Mulheres é um periodo, se não alegre, pelo menos desprovido de maiores dificuldades, tanto financeira quanto de relacionamento. Aqui o velho safadão bebe todas e come todas as franguinhas do pedaço, seja por correspondência, seja por telefone o velho Hank ganha todas. Lydia, Sara, Tammie, Katherine, Cecilia... Hank percorrer universidades e bares da Amércia declamando sua poesia, crua, viva e obscena, da vida, do mundo, de si mesmo.
"... Tenho cinqüenta e quatro anos e há quatro não ia pra cama com uma mulher..."
Talvez essa pequena introdução, explique, mas não justifique a voraz sede de sexo de Henry Chinaski que traça tudo pelo caminho, ao mesmo tempo que se pergunta; Qual é a finalidade disso tudo? Porque a mulher foi criada? Porque tenho que ser canalha com quem me trata bem? Ele acredita que seja fruto de uma infância ruim, falta de amor. Mas na maioria das vezes ele apenas deixa rolar, e abraça seu quinhão da vida, o sonho americano. Compra um Volks 67 (fusca). As leituras já lhe proporciona pagar aluguel, comer. Ele tem uma vida e vive para escrever, escreve para viver.
O estilo característico do velho safadão, humor ácido, deboche e imoralidade permeiam as páginas do pocket lançado pela L&PM. Este livro foi inicialmente lançado pela editora brasiliense em 1984, e relançado em jun./2011 pela L&PM com tradução de Reinaldo Moraes, a capa mostrada aqui é o da editora brasiliense, o da L&PM é bem caída. Pra quem acha que o Bukowski escreve apenas sobre a tristeza de uma vida sem rumo, precisa ler Mulheres.
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