quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

CaDê?

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Max Ernst -La Joie de Vivre


Cadê a calma que aqui estava?

- A angustia levou.

Cadê o anseio que mantém o sentido de continuar?

- O desespero engoliu e cuspiu desculpas mais descabidas.

Cadê a esperança de dias melhores?

- Foi entorpecido pelo fel do fracasso.

Cadê a decisão de jamais desanimar?

- Se enamorou na preguiça.

Cadê quem aqui deveria estar?

- Não conseguiu sair dos meus sonhos.

Cadê a melodia das palavras que confortam?

- Se enfraqueceram tentando vencer surdez do ódio.

Cadê o foda-se, alto e  bom tom, que as vezes é preciso?

 - Se engasgou no soluço do choro.

Cadê  o curativo que fecha feridas de coração e mente?

- Não tem tamanho pra dor do coração nem correta dose pra insanidade.

Cadê a coragem pra sempre tentar fazer valer a pena?

- Foi atropelada pelo caminhão do egoísmo.

Cadê o perdão do pensamento covarde?

- foi negado pelo inevitável.

Cadê o alivio pra alma?

- Não venceu medo da morte.

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2 comentários:

  1. isso é meio mitocondral, me pertence muito... como em hilda derrelição!

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  2. Sim. Por pouco não coloco o titulo, O obsceno Senhor K. Mas a vontande de rabiscar tasi linhas veio do velho safadão, Bukowski. Creio que em Notas de um Velho Safado.

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