Por Pachá
Na mitologia Grega Hyperion é filho de Gaia e Uranos (Titãs responsáveis pela criação do universo) portanto um Titã. Mas no filme de Tarsem Singh Hyperium (não confundir com o Titã) é um rei que está a procura da lendária arma fabricado por Ares, arco de Épiro, capaz de libertar os Titãs, presos por Zeus no monte Tártaro. Guardando os devidos distanciamentos da Mitologia Grega o filme Os imortais tem certa graça no aspecto visual e trama acima da média de filmes que tem como tema a mitologia grega, fúria de Titãs, Percy Jackson e até mesmo Os 300, os produtores deste também assinam a produção de Os imortais.
Teseu (Henry Cavill) é um filho bastardo de uma aldeã que foi estuprada e, portanto renegado pelos seus. Não há muita semelhança deste Teseu com a mitologia grega, outro abissal distanciamento, a única semelhança se dá pelo fato de que o Teseu de Tarsem este também mata um minotauro que, aliás, é uma saída bem inteligente do roteiro para fazer a correlação deste fato mitológico. Mas no geral o roteiro de Charley Parlapanides e Vlas Parlapanides é repleto de desleixos, a cena em que o tão procurado arco vai parar nas mãos de Hyperium é de uma infantilidade a lá Tom e Jerry, também há confusão generalizada da mitologia o que certamente fará os mais aprofundados, ou mesmo com minimo de conhecimento no assunto, repudiar tal obra cinematográfica. O figurino de Zeus e CIA certamente foi inspirado nos cavaleiros do zodíacos. Os TiTãs são sofríveis, estilizados tal qual monstros de God of War, aqueles que Kratos mais fácil mata e da maneira mais sangrenta.
As atuações, não são ponto forte do filme, o que é praxe em filmes do gênero, mas Mickey Rourke como rei Hyperium, enquanto sanguinário deus da guerra grego, Ares, em busca de vingança agrada, mas quando tenta dar mais profundidade ao personagem ou mesmo humanidade algo se perde, a seqüência do discurso de Hyperium de posteridade, legado pra história é de doer. Outro grande nome do elenco, ou melhor, conhecido é Stephen Dorff como ladrão cheio de piadinhas bem ao estilo americano. O protagonista Teseu interpretado por Henry Cavill tem atuação mediana, não compromete tão pouco cria qualquer engrandecimento do papel, uma mero cumpridor de falas. O mesmo pode se dizer de John Hurt outro grande nome do elenco, como Zeus quando entre mortais. Tarsem que dirigiu um competente sci-fi de serial killer, A Cela de 2000 fica devendo com Os Imortais.
Se não tiver nada pra fazer em dia chuvoso, Os Imortais é uma opção...
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