Por Pachá
O filme do húngaro Forgács é uma constatação da vulnerabilidade da vida. Na verdade Forgács apenas dá voz para novela do seu conterrâneo, Péter Nádas. A sós com a Morte narra em primeira pessoa a trajetória de homem na casa dos 51 anos em seu primeiro contato com a morte, um ataque de coração. A estrutura narrativa do filme é estacionária, apenas vemos momentos capturados assim que o homem começa a desenvolver os sintomas de um ataque cardíaco durante consulta dentária.
Primeiro ele é acometido de pânico seguido de cansaço, em seguida falta de ar para logo dar lugar a excruciante dor. O atendimento médico, a chegada ao hospital, sua quase morte e o ressuscitamento. Tudo avaliado com eximia maestria, com profunda precisão e percepção da realidade que lhe cerca. Nada passa ao largo da percepção desse homem em agonia, com exata percepção a cerca do que acontece ao seu redor.
A estrutura narrativa por vezes utiliza imagens de arquivos de, família, de pessoas comuns sempre com o propósito de humaniza-las, essa é a proposta primeira no cinema de Péter Forgács humanizar o cidadão comum mesmo os que foram varados pela fatalidade.
A sós com a Morte mais 17 filmes desse desconhecido (no Brasil) cineasta estão na mostra, arquitetura da imagem que acontecerá no CCBBB Rio de Janeiro até o dia 12.02.12.
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